Uma decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), sacudiu o cenário do futebol brasileiro nesta quinta-feira (15). Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
No mesmo ato, o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, foi nomeado interventor. A determinação judicial estabelece que Sarney deve convocar novas eleições para a presidência da CBF o mais breve possível.
Questionado sobre a situação do técnico italiano Carlo Ancelotti, cuja contratação foi anunciada recentemente pela CBF, Fernando Sarney tranquilizou os torcedores e a imprensa. “Não vou mexer no que já foi anunciado. Sou apenas transitório”, declarou o interventor.
A decisão de afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF tem como principal motivação a suspeita de falsificação de uma assinatura no acordo que o manteve no cargo no início deste ano. O acordo em questão havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A assinatura sob contestação é a de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, que já ocupou a presidência interina da CBF. Uma perícia realizada apontou indícios de fraude na assinatura.
Em sua decisão, o desembargador Zéfiro foi enfático: “Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, conhecido por Coronel Nunes”.
Minutos antes de ser oficialmente afastado, Ednaldo Rodrigues havia se manifestado sobre a situação, demonstrando confiança na justiça. “Quem faz as coisas corretas não tem o que temer. É acreditar nos posicionamentos e acreditar na Justiça”, afirmou o agora ex-presidente da CBF.
A notícia da destituição de Ednaldo Rodrigues e a nomeação de Fernando Sarney como interventor certamente gerarão intensos debates e movimentações nos bastidores do futebol brasileiro nos próximos dias. A convocação de novas eleições para a CBF é aguardada com grande expectativa.
